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DESEMPENHO DO SUS NA BAHIA É ABAIXO DA MEDIA NACIONAL



Desempenho do SUS na Bahia é abaixo da média nacional

Da Redação
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O município baiano de Pilão Arcado apresenta a menor pontuação do Brasil, segundo o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde

Desempenho do Sistema Único de Saúde (Idsus), lançado nesta quinta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde. Com este resultado, o estado baiano está, junto com outros 17 estados, abaixo da média nacional, avaliada em 5,47. Além disso, no grupo 6 do índice, formado por cidades sem estrutura de serviços especializados, o município baiano Pilão Arcado, localizado às margens do Rio São Francisco, a 805 km de Salvador, obteve a menor pontuação do país: 2,5.

O ranking dos estados é liderado por Santa Catarina (6,29), seguido do Paraná (6,23) e o Rio Grande do Sul (5,9). As piores notas foram do Pará (4,1) Rondônia (4,49) e o Rio de Janeiro (4,58). Já em relação às cinco regiões brasileiras, o Sul apresentou a melhor pontuação (6,12). Em seguida, está o Sudeste (5,56), o Nordeste (5,28), o Centro-Oeste (5,26) e o Norte (4,67).

Dentre as 21 capitais localizadas no grupo 1 (que têm melhor renda e infraestrutura de atendimento), Salvador ocupa a 12ª posição, com desempenho de 5,87. Lideram o ranking Vitória (7,08), Curitiba (6,96) e Florianópolis (6,67). O pior desempenho foi do Rio de Janeiro (4,33), antecedida por Belém (4,57) e Maceió (5,04).
   
O Idsus também revelou que 27% da população brasileira vive em cidades com os piores resultados. Foram avaliados com nota abaixo de cinco 1.150 dos 5.563 municípios brasileiros, que representam 20,7% do total, nos quais a infraestrutura de saúde é considerada de alta, média ou baixa e onde vivem mais de 50 milhões de brasileiros.

Nas 4.066 cidades com notas entre 5 e 6,9 (73,1% do total de municípios), vive mais de 70% da população brasileira, o que corresponde a 134 milhões de pessoas. Somente cerca de 3,2 milhões de brasileiros (1,9%) mora no grupo dos municípios com as melhores pontuações, avaliados com nota acima de 7.

MetodologiaO desempenho do SUS em cada município brasileiro foi calculado a partir da divisão das cidades em seis grupos. A divisão obedeceu critérios da condição econômica e da estrutura de saúde disponível (hospital, posto de saúde, laboratório).

No grupo 1, formado por 29 municípios que apresentam a melhor renda e infraestrutura de atendimento e população total de 46 milhões. Dentre eles, Vitória, capital do Espírito Santo, apresentou a nota 7,08. De acordo com análise de técnicos do Ministério da Saúde, alguns indicadores contribuíram para elevar o resultado desta cidade: o alto número de exames para detecção de aids (84% em 2010), o grande percentual de cura de pacientes com tuberculose (80% em 2010) e o atendimento de excelência a crianças com câncer.

O último lugar deste grupo é ocupado pelo Rio de Janeiro, com pontuação 4,33. O desempenho desta cidade foi afetado pela baixa cobertura de assistência básica, a exemplo de equipes do Programa Saúde da Família, apesar da expressiva condição econômica e a existência de hospitais e atendimento de referência, segundo Paulo de Tarso, diretor de Monitoramento e Avaliação do SUS do ministério.

Já no grupo 6, composto por  cidades sem estrutura de serviços especializados, a exemplo de um hospital ou pronto-socorro, e com população total de 23,3 milhões, está situada a maioria dos municípios do país (2.183). A melhor nota deste grupo foi de Fernandes Pinheiro, cidade do Paraná com 5.932 habitantes, com 7,76. Já a pior, como já foi mostrado acima, foi de Pilão Arcado, município baiano com 32.815 pessoas, que recebeu pontuação de 2,5.

IdsusO Idsus foi idealizado pelo Governo Federal com o intuito de medir o acesso do usuário e a qualidade dos serviços da rede pública. O índice é resultado do cruzamento de 24 indicadores que avaliaram o acesso e a efetividade dos serviços nas unidades públicas de saúde, como a proporção de gestantes com mais de sete consultas pré-natal, a quantidade de exames preventivos de câncer de colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos, a cura de tuberculose e hanseníase e mortes de vítimas de infarto. Mais dados podem ser acessados através do site www.saude.gov.br/idsus.

*Com informações da Agência Brasil

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