Governo quer implantar sistema de compras pelo celular
terça-feira, 13 de março de 2012
Governo quer implantar sistema de compras pelo celular
O
governo começou nesta terça-feira a debater a implantação de uma
modalidade que permita pequenos pagamentos por meio do telefone celular.
O sistema, chamado internacionalmente de mobile payment (pagamento
móvel) foi debatido em uma reunião entre o ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Segundo
Paulo Bernardo, o objetivo é incluir mais pessoas no sistema bancário.
"Na visão do governo, este seria um grande instrumento de inclusão
bancária. Queremos um modelo que sirva para possibilitar que em
localidades onde não haja facilidades ou para famílias de renda mais
baixa que não estão incluídas no sistema bancário, que esse sistema
sirva para fazer a inclusão", explicou.
O
novo modelo de compras pelo celular vai usar o mesmo sistema do envio
de mensagens de texto, o SMS. O consumidor fará o depósito de um valor
na operadora e poderá fazer compras de quantias pequenas no comércio.
Depois que o estabelecimento fizer a operação eletrônica da compra, o
consumidor receberá uma mensagem pelo celular para autorizar a transação
mediante a confirmação com uma senha.
O
Banco Central irá estudar formas de garantir a segurança desse tipo de
operação e o Ministério das Comunicações vai avaliar os sistemas
tecnológicos que serão utilizados. Ainda não está definido se as tarifas
do sistema serão arcadas pelos bancos ou pelas operadoras, mas a ideia é
que o modelo tenha custos baixos e tecnologia acessível. Os
comerciantes também terão que ter aparelhos para fazer a transação.
Técnicos
do ministério e do Banco Central vão começar a se reunir nos próximos
dias para trabalhar em uma regulamentação que permita esse tipo de
operação, que deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional e autorizada
pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e pela Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel). A expectativa do ministro é enviar a proposta
para avaliação dos parlamentares ainda este ano.
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