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PORTO SEGURO-BA/03 POLÍCIAS CIVIS TEM PRISÃO DECRETADA POR CRIME DE TORTURA


18 de JULHO de 2012 Tweet
PORTO SEGURO-BA / 03 POLÍCIAS CIVIS TEM PRISÃO DECRETADA POR CRIME DE TORTURA

PORTO SEGURO - Três investigadores da Polícia Civil, lotados na Delegacia Territorial de Porto Seguro, além do filho de um dos policiais, suspeitos de envolvimento com a morte do preso Ricardo Santos Dias, 21 anos, já são considerados foragidos da Justiça.

Com mandado de prisão preventiva expedida na manhã desta segunda-feira (16), pelo juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca de Porto Seguro, André Marcelo Strogenski, o quarteto é apontado como responsável pela morte de Ricardo, que sofreu diversas agressões na noite de sábado (14), na carceragem da delegacia local.
Além de submetidos a um inquérito criminal, os investigadores responderão também a um processo administrativo disciplinar, que poderá resultar na demissão do trio.

O CRIME:
Os três investigadores da Polícia Civil e o filho de um deles acusados de matar um preso da Delegacia de Porto Seguro, no último sábado (14), exigiam que a vítima confessasse algum crime. É o que disse Evy Paternostro, delegado titular da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Eunápolis, onde as investigações acontecem. Os policiais, que estavam de folga na noite do crime, teriam agredido Ricardo Santos Dias, de 21 anos, até a morte dentro da carceragem.

Paternostro disse que um dos policiais estava de férias e os outros dois não trabalhavam no último final de semana quando chegaram à delegacia. "Em depoimentos, os investigadores de plantão contam que os três policiais e o menino (filho de um dos agentes), pediram que o preso fosse entregue a eles. Eles levaram o homem para a sala de investigação", diz Paternostro.

Os acusados foram flagrados pelas câmeras de segurança da delegacia. Segundo Paternostro, os quatro homens entraram na delegacia às 22h32, após descerem de um carro. O delegado conta que Ricardo Santos Dias havia sido detido na manhã do sábado, no bairro Mercado do Povo. Dias foi autuado por tráfico de drogas e porte de arma.

Paternostro conta que, segundo depoimentos, o grupo pedia que a vítima confessasse algum crime. "Eles queriam que ele confessasse algum crime, mas só teremos certeza sobre o que aconteceu dentro da sala depois que interrogarmos os investigados."

As imagens registram a saída do grupo às 0h21, quando dois deles levam o corpo do rapaz, já desacordado. Eles alegaram que o levariam para um hospital. Dias foi socorrido em uma unidade de saúde local. "Conforme o laudo do hospital, ele já chegou morto", diz Paternostro.

A polícia ainda não sabe dizer o que teria envolvido o filho do policial no no crime. Os investigadores que permitiram que os acusados tivessem acesso ao preso serão investigados.

"Em depoimentos eles afirmam que bateram na porta da sala e pediram para que parassem de bater no homem, mas porque nenhuma outra medida, uma mais eficaz, não foi tomada?" indaga.

Na procura pelos acusados estão envolvidos o Departamento de Investigação Policial (Dip) e a Coordenadoria de Operações Especiais (Coe), além da Polícia Civil da Bahia. Além de descobrir a localização dos suspeitos, a polícia busca o que teria motivado o crime.
FONTE: RADAR 64

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