APREENDIDAS 2.570 CAIXAS DE REMEDIOS COM CANDIDATO A VEREADOR
Policial
Apreendidas 2.570 caixas de remédios distribuídos por candidato a vereador
sábado - 25/08/2012 às 16:00
Apreendidas 2.570 caixas de remédios distribuídos por candidato a vereador
sábado - 25/08/2012 às 16:00
Um
total de 2.570 caixas de medicamentos, muitos de tarja preta, que
estavam sendo distribuídos aleatoriamente por um candidato a vereador
para possíveis eleitores, foram apreendidas, dia 23, no distrito de
Itaiá, município de Firmino Alves, a 519 km de Salvador. Após receber
reclamações, o promotor de Justiça Dario José Kist instaurou um
procedimento e requereu medida cautelar de busca e apreensão no imóvel
alugado e mantido pelo candidato conhecido por Lito. Em fase final de
coleta de depoimentos, o promotor de Justiça pretende também requerer a
cassação da candidatura de Lito no âmbito eleitoral e requisitar a
instauração de inquérito policial no âmbito penal para verificar a
constatação de crime de tráfico de drogas e saber a origem dos
medicamentos.
Informa Dario Kist que, numa perícia preliminar feita por um
bioquímico, foi constatado que alguns dos remédios contêm substância
entorpecente como princípio ativo e sua distribuição sem receita médica
configura tráfico de droga, de acordo com a Lei de Tóxicos. Inclusive, o
candidato tem escolaridade correspondente ao segundo grau, não tendo
qualquer familiaridade com a área médica. Em um dos depoimentos colhidos
entre moradores de Itaiá foi dito que Lito fazia visita aos domicílios e
invariavelmente deixava um frasco de remédio dizendo para quê era
indicado.
A casa de dois pisos que servia para armazenar o estoque de remédios
mantém na fachada a propaganda política do candidato a prefeito
conhecido por Zinho e do próprio Lito. Para o promotor de Justiça, a
distribuição dos produtos tem um intuito claramente eleitoreiro “haja
vista que está sendo perpetrada por candidato a cargo eletivo.” Além
disso, o comportamento de Lito “causa flagrante risco à saúde pública,
na medida em que são distribuídos remédios para consumo em geral e sem
nenhuma prescrição médica, sendo ainda possível e provável que se trate
de produtos falsificados ou adulterados, o que será investigado no
âmbito penal.
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