CANDIDATOS NÃO PODEM BANALIZAR A SEGURANÇA PÚBLICA.
CANDIDATOS NÃO PODEM BANALIZAR A SEGURANÇA PÚBLICA.
Não sou candidato, tão pouco tenho pretensões políticas, mas, tem-se
constituído um debate, principalmente por candidatos às eleições municipais
deste ano em todo o país, que chama a atenção e percebe-se, sobretudo, a falta
de conhecimento por parte deles sobre o enfoque da segurança pública brasileira,
pior, não procuram sequer: consultar ou pesquisas sobre o tema, mas fazem
preleções como se fossem conhecedores do assunto.
O que igualmente espanta e indigna, além de empobrecer o debate de tamanha importância, é que a maior parte dos
candidatos não sabe o que significa políticas públicas à qual a segurança está
inserida. Esse fator pode levar a sociedade a acreditar em (Papai Noel) e em episódios
notórios como resolução dos problemas como parte fácil da política desenvolvida
sem a participação efetiva dos municípios, descompromissando ainda, dessa
forma, a sociedade de suas obrigações constitucionais: “segurança pública dever
do estado, direito e obrigação de todos”.
Ora, sabe-se das dificuldades existentes na área da segurança
pública, contudo, não ficam restritas às posições de discursos vazios e sem
cobertura real de acontecimentos. O propósito dos discursos de diversos
candidatos, com raríssimas exceções em folhetos, cartazes, santinhos e outros, colocados em nossas caixas de correio
e em para-brisas dos veículos, constroem sobre o assunto (Segurança Pública) como
algo banal. Neste contexto, tem recuado em torno de algumas posições ou aspectos,
que enfatizam apenas resultados parciais da segurança da sociedade e não
abrange a seriedade que deve haver em discussão sobre a segurança pública,
deixando inócua, quanto à posição e participação que deve ocorrer por parte dos municípios e da própria sociedade.
O que temos assistido são pessoas imódicas, usando principalmente
instrumentos da presunção política, para se promoverem, colocando a segurança
da sociedade em argumentação descabida e sem nexo, por meio de métodos e instrumentos
inadequados e irresponsáveis.
A abordagem de temas políticos, principalmente sobre a segurança
pública, precisa ser absorvida com a escolha dos meios amoldados para buscar
fins predeterminados dentro de um contexto de valorização de todos os segmentos
sociais e órgãos que envolvem as questões prementes da sociedade. Isso é coisa
séria e não pode ser desenvolvida sem responsabilidade, ou por pessoas que não
sabem o que dizem ou escrevem. A sociedade eleitora, representada por
políticos, sejam eles: municipais, federais ou estaduais exigem pelo menos
respeito quanto às assertivas que representam nossa política de segurança para
o cidadão, a final, segurança pública é preceito constitucional e muito sério e
deve, a qualquer pretexto ser tratada como tal.
Diógenes Pereira da Silva
Policial Militar da PMMG
Graduado em Segurança Pública e privada
pelo Centro Universitário do Triângulo.
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