COMEÇA HOJE A CAMPANHA EM HORARIO GRATUTITO NO RADIO E NA TELEVISÃO
Começa hoje a campanha em horário gratuito no rádio e na televisão.
Sérgio
Montenegro FilhoCom a campanha transcorrendo em clima morno e sem muita
troca de farpas entre os adversários, o tom do primeiro debate
televisivo entre os candidatos a prefeito do Recife, ontem na TV
Tribuna, terminou surpreendendo. O confronto reuniu seis, dos oito
concorrentes, e antecipou o cenário que deve marcar a disputa a partir
hoje, com o início do guia eleitoral: enveredou pela política e deixou
em segundo plano as questões administrativas. Os demais candidatos
centraram boa parte dos ataques em Geraldo Julio (PSB), candidato do
governador Eduardo Campos. Ele revidou algumas investidas, mas revelou
inexperiência no embate político.Mediado pela jornalista Eliana
Victorio, o formato do debate favoreceu o confronto direto. Em três dos
cinco blocos do programa os candidatos fizeram perguntas entre si, com
direito à réplica e tréplica. Com exceção de Roberto Numeriano (PCB) –
que chegou atrasado e só entrou no último bloco, o das considerações
finais – Humberto Costa (PT), Mendonça Filho (DEM), Daniel Coelho (PSDB)
e Esteves Jacinto (PRTB) se alternaram na polarização com Geraldo
Julio, que ora reagia, ora os ignorava e usava o tempo para expor
propostas administrativas, insistindo em algumas "frases feitas". Ele
reprisou tanto algumas delas que chegou a ser provocado por Daniel
Coelho, que o acusou de "enrolar" o eleitor ao repetir "textos
decorados".Mais incisivo, Humberto protagonizou confrontos mais duros
com Geraldo, Mendonça e Daniel. A saúde pública foi o tema mais
frequente no debate, favorecendo o petista. Mas ele foi provocado pelo
socialista, que criticou seu desempenho como secretário de Saúde de João
Paulo na PCR e como ministro da Saúde de Lula. Humberto também foi
fustigado por Mendonça sobre a parceria PT-PSB no Recife em doze anos de
gestão e Daniel o desafiou a explicar a briga entre João Paulo e João
da Costa e a exclusão do prefeito da disputa.
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