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PM AFASTA 16 POLICIAIS APÓS MORTES DE JOVENS NA SARAMANDAIA

PM afasta 16 policiais após mortes de jovens na Saramandaia


O comando da Polícia Militar afastou das ruas 16 homens presentes na operação na Saramandaia que resultou na morte de dois jovens, segunda-feira à noite. Os policiais vão realizar serviços administrativos até o fim da apuração das mortes.
De acordo com a PM, equipes da 1ª Companhia Independente e da Rondesp foram até Saramandaia averiguar uma denúncia de que bandidos realizavam uma festa com drogas e impuseram toque de recolher. Então, ainda segundo a PM, os policiais foram recebidos a tiros e revidaram.
Moradores do bairro, porém, acusam os policiais de matarem dois inocentes: o estudante Alexandre Oliveira da Silva, 14 anos, e o servente Rafael Muniz Barreto, 19.
Na manhã de terça, um protesto travou a Avenida ACM. Na tarde de ontem, moradores da Saramandaia fizeram uma nova manifestação, que só foi encerrada após a marcação de uma reunião hoje com o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, no Quartel dos Aflitos.
Sindicância Segundo o capitão Marcelo Pita, do Departamento de Comunicação da PM, uma sindicância foi aberta para apurar o caso. “Não temos de forma oficial a denúncia dos moradores, então abrimos uma sindicância”, disse. Segundo ele, o PM que ficar à frente da apuração vai ao bairro em busca de informações.
Dos PMs afastados das ruas, oito são lotados na 1ª CIPM (Pernambués) e os oito restantes integram a Rondesp-Central. A instituição não divulgou o nome dos policiais.
“Ainda não temos certeza do que aconteceu. Nossa obrigação é apurar. Por isso não vamos revelar os nomes”, explicou Pita. “O afastamento é uma forma de preservar a comunidade e os PMs que trabalham naquele ambiente enquanto apuramos”.
O capitão Pita informou ainda que dois oficiais que comandavam as equipes na operação já foram ouvidos. O teor dos depoimentos não foi divulgado. O prazo para que a sindicância seja finalizada é de 20 dias e se for confirmado abuso poderá ser aberto um processo administrativo ou um Inquérito Policial Militar.
Enquanto isso, os PMs afastados vão trabalhar na “sala de meios”. “É a sala que disponibiliza os equipamentos de quem vai pra rua, despacho de viaturas, telefonia, entre outros”, descreveu Pita.
O oficial disse também que as armas e drogas que teriam sido apreendidas com os jovens mortos - e que não foram apresentadas publicamente - foram encaminhadas para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Revolta No protesto de ontem, um PM foi apontado por moradores como um dos participantes da operação de segunda-feira. “Se foram afastados, o que aquele assassino faz aqui?”, bradou um homem. Sem identificar o policial apontado, o comandante da 1ª CIPM, major Jailson Damasceno, afirmou que ele era motorista da corporação. Informações do CORREIO.

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