IBITIARA:POEIRA DE BRITADOR CAUSA MAL A SAÚDE DA POPULAÇÃO VIZINHA
POEIRA DE BRITADOR CAUSA MAL A SAÚDE DA POPULAÇÃO VIZINHA.
Tecnologias para uma operação
sustentável
Geralmente instaladas próximas aos
centros urbanos, as mineradoras de brita enfrentam o dilema provocado pela
importância da sua atividade para a economia local, de um lado, e pelo impacto
da operação no meio ambiente, de outro lado. Em que pese o fato de sua produção
ser fundamental para o setor de construção civil, as pedreiras podem deixar um
inegável legado de poluição as comunidades vizinhas caso não adotem medidas
para o controle de emissão de poeira e de ruídos, entre outros incômodos
gerados por sua atividade.
O controle de poeira envolve todas as
etapas da operação, do desmonte da rocha ate o armazenamento do produto final,
passando pelas atividades de carregamento, britagem e peneiramento.
Independentemente do tipo de britador usado (de mandíbulas, cônico ou de
impacto) e do estagio de redução granulométrica, a ação de “quebra” da rocha em
fragmentos menores acaba liberando partículas que ficam em suspensão no ar.
“Algumas dessas partículas tem diâmetro inferior a 10 µm e são imperceptíveis a
olho nu, mas igualmente perigosas para a saúde humana”, afirma Marcos Visentim
Ortiz, gerente de projetos da Rasper ,
especializada em sistemas de abatimento de poeira.
O problema e comum a área de britagem
de todas as mineradoras, mas adquire importância ainda maior nas pedreiras.
Afinal, alem dessas empresas operarem próximas aos centros urbanos, ha de se
observar que a pedra britada se caracteriza pela presença de elevados índices
de sílica – cujo fragmentos em suspensão no ar podem ocasionar uma doença
pulmonar denominada de silicose.
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Abatimento por água
A lista de outros setores industriais
que precisam realizar esse controle inclui não apenas as demais mineradoras,
mas toda e qualquer empresa cujo processo produtivo emita poluentes acima dos
níveis de tolerância estabelecidos pelo Conama . Uma
alternativa a tecnologia de filtros de mangas é a de aspersão de água, que
encontra aplicação em determinados processos. “Tudo depende da relação
custo/beneficio e do impacto ambiental da operação, pois apesar do sistema de
aspersão de água ter uma eficiência de 70% no abatimento de pó, seu custo chega
a ser 30% inferior ao de filtro de mangas”, pondera Marcos Ortiz, da Rasper .
A empresa produz esse tipo
de sistema, com base em pequenas tubulações dotadas de bicos de sprays. “Dessa
forma, criamos uma nebulização de água sobre o material em estágio de
processamento e as gotas d’água aderem a poeira, realizando o abatimento a
medida que escoam por gravidade.” Ortiz salienta que a tecnologia não emprega agentes químicos ou ar comprimido, o que se
reflete no seu baixo custo de aquisição e de operação. “A vazão de água
necessária e o tipo de cabeçote usado no bico do spray, no entanto, são
escolhidos após uma analise da capacidade da usina de britagem, do tipo de
peneira empregada e ate mesmo do tipo de britador”. |
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