MINAS REGISTRA ALTA DE 81% EM COLISÃO ENTRA PÁSSAROS E AVIÕES
Minas registra alta de 81% em colisões entre pássaros e aviões
Os mesmos pássaros que despertaram nos homens o desejo de voar são agora perigo constante num céu cortado por aviões e helicópteros. Registros de avistamentos, colisões e quase colisões entre aves e aeronaves em Minas Gerais subiram 81% em relação ao ano passado, saltando de 111 para 201, de acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Desse total, 93 foram batidas, contra 55 no ano passado – um aumento de 69%. O crescimento das ocorrências em Minas superou o nacional e fez com que o estado pulasse da 12ª para 5ª posição entre as unidades da Federação com mais casos do tipo . As notificações aumentaram 23% no país – de 2.949 para 3.635 – e as colisões 9,6% – de 1.458 para 1.598. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, foi o que registrou maior número de colisões no estado, com 23. Apesar do menor tráfego aéreo, o aeroporto da Pampulha, ao lado da lagoa, foco atrativo para aves, teve 22 colisões. O tenente Romildo Moreira, adjunto da seção de gerenciamento do risco aviário do Cenipa, afirma que o salto dos registros em Minas se deve a um esforço da Aeronáutica focado no estado, onde foram mapeados todos os pontos atrativos de aves num raio de 20 quilômetros dos aeroportos. Um reforço para resolver o problema é a entrada em vigor, em abril do ano que vem, da Lei Federal nº 12.725. A norma regula o controle da fauna nas imediações dos aeródromos e impõe regras a serem cumpridas dentro da chamada área de segurança aeroportuária (ASA). Trata-se do perímetro, com raio de 20 quilômetros a partir do aeroporto, em que são proibidas ou controladas atividades que atraem pássaros.
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